Estas aves tinham penas de cores muito brilhantes e muito bonitas: entre o verde e o azul, o verde azulado.
A nossa guia foi a Patrícia. Ela recebeu-nos à entrada do Museu de Lisboa, o antigo Palácio Pimenta, ao Campo Grande, porque lá morava uma família com esse nome.
Começámos por ver uma antiga planta da cidade de Lisboa, anterior à reconstrução que se seguiu ao terramoto de 1755.
Este era um poço que estava no Castelo de São Jorge e que estava ligado a uma cisterna onde se ia acumulando a água da chuva. Tinha as marcas das cordas que puxavam o balde água trazia a água para a superfície.
Uma maquete da cidade de Lisboa, que mostra a cidade anterior ao terramoto de 1755.
Quando subimos ao primeiro andar, a Patrícia mostrou-nos como eram os penicos que as pessoas usavam ali naquele palácio, antes de haver casas de banho. Era neles que as pessoas faziam as suas necessidades ao longo do dia. Tinham que ser tapados, para não cheirar mal e depois tinham que ser despejados.
Depois encontrámos a D. Rosa, uma lavadeira de Caneças, que vinha à procura da roupa suja da família Pimenta para lavar. Era o seu modo de vida. Vinha todas as semanas a Lisboa, no seu burro, buscar roupa a casa das senhoras para lavar, à mão. Depois vinha trazê-la, novamente. Naquele tempo não havia máquinas de lavar a roupa. Ela esteve a ensinar-nos como devíamos fazer para lavar a roupa à mão. Era preciso esfregar muito bem, bater a roupa, torcer e pôr ao sol. Esta lavadeira era mesmo uma pessoa muito divertida. Foi como viajar no tempo, porque ela não conhecia quase nada do que nós temos agora.
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